Sobre o sítio

No início da década de 1990, a estatal conhecida como Petrobrás realizou uma expedição ao sítio arqueológico e à comunidade do Lajedo de Soledade. A visita contava com geólogos, arqueólogos e ambientalistas que se preocuparam com a preservação e conservação do legado histórico, cultural e natural contido na comunidade de Soledade. A partir disso, a empresa buscou firmar uma parceria com personalidades locais que poderiam se engajar e tivessem interesse em travar uma luta, para que a preservação de um sítio tão rico fosse concretizada. O nome mais conveniente e lógico naquele momento foi o de Maria Auxiliadora (Dodora), que já possuía alguns anos de luta pela causa. A parceria resultou no que hoje conhecemos como Fundação dos Amigos do Lajedo de Soledade (FALS).

Atrelado ao surgimento da FALS, também houve vários outros incentivos e iniciativas que buscavam incluir a própria comunidade, dentre elas, o treinando de guias-mirins, delimitação de áreas, criação de trilhas, perfuração de um poço comunitário e a construção de um centro de pesquisa e visitação, que posteriormente ficou conhecido como Museu.

O sítio arqueológico Lajedo de Soledade, é um dos mais importantes do Brasil e a maior exposição de rocha calcária da Bacia Potiguar, quando um mar raso cobria a região. O surgimento da estrutura calcária é consequência do recuo do mar e a formação de mini cânions, fendas e cavernas foi resultado de erosões causadas por chuvas e correntes que esculpiram o calcário.

É enorme o valor científico, cultural e histórico desse sítio arqueológico. Conhecê-lo é participar de uma fascinante aventura pelo sertão nordestino, descobrindo as origens de um povo e as marcas deixadas como pistas de um enorme enigma.

Mapa do sítio

O sítio é dividido em três áreas, a primeira é denominada Urubu, pois possui formações rochosas escuras, pontiagudas e diversas cavernas, que lembram essa ave. A segunda é conhecida como Araras, pois possui pinturas rupestres feitas há centenas de anos, muitas semelhantes com araras. A terceira é denominada Olho d’água, pois nessa área encontram-se muitos olhos d'água aflorando.

Dimensão: 1 km²;
Formação geológica: Rocha calcária de origem marinha;
Idade geológica (Lajedo): 90 milhões de anos;
Vestígios: Peças indígenas e fósseis de animais de Era Glacial;
Morfologia Atual: Ação erosiva de chuvas e riachos;
Idade (arte pré-histórica): De 3.000 a 5.000 anos;
Representações Gráficas: Araras, papagaios, garças, lagartos e formas geométricas ainda não decifradas.

Galeria de Fotos

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